OMS estima que, a cada ano, 684 mil pessoas morram em decorrência de quedas no mundo – mais de 80% em países de baixa e média renda
A SOBRASP – Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente – lança a campanha “Segurança em cada passo”, em comemoração ao Dia Mundial de Prevenção de Quedas, celebrado em 24 de junho, terça-feira.
“O objetivo da nossa campanha é sensibilizar profissionais de saúde, instituições e a população sobre a importância da prevenção de quedas em diferentes contextos assistenciais. Com o lema ‘Cada passo importa e cada ação preventiva salva vidas’, queremos alertar as equipes de saúde sobre a necessidade de adequar o ambiente, envolver o paciente e a família, além de realizar avaliações de risco. Dessa forma, podemos promover ambientes mais seguros e proteger vidas”, explica Alessandra Roscani, doutora em Ciências da Saúde e diretora de Comunicação e Marketing da SOBRASP.
Segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, no Brasil, sete em cada dez mortes acidentais de pessoas acima de 75 anos são causadas por quedas. Cerca de 70% desses acidentes acontecem dentro de casa, principalmente entre idosos com mais de 65 anos. Para aqueles com mais de 80 anos, a prevalência é ainda maior, e a mortalidade relacionada às quedas chega a ser seis vezes maior.
Somente em 2023, 4.816 idosos morreram em decorrência de quedas da própria altura. As quedas são a terceira causa de morte entre as pessoas com mais de 65 anos, e, entre 2013 e 2022, foram responsáveis pela morte de 70.516 idosos no Brasil.
Quedas em hospitais: um risco invisível
As quedas durante internações hospitalares representam uma preocupação importante para profissionais de saúde, familiares e os próprios pacientes. Essas quedas têm múltiplas causas e podem trazer consequências sérias à saúde, como fraturas, lesões na cabeça, aumento do tempo de internação e complicações mais graves.
As principais causas incluem fraqueza muscular, problemas de equilíbrio, uso de medicamentos que causam tontura ou sonolência, dificuldades de visão, ambientes com iluminação inadequada ou obstáculos no caminho, além de procedimentos médicos que podem alterar a mobilidade do paciente. Muitas vezes, a própria condição de saúde do idoso, como doenças crônicas ou pós-operatórios, aumenta sua vulnerabilidade.