Evento acontece de 15 a 18 deste mês, no Granja Marileusa, com pratos típicos de oito países
A gastronomia é um dos elementos mais representativos de cada cultura. Ela traz intrinsecamente a história de um povo, promove integração e convívio, movimenta a economia e, por vezes, é um estímulo à cidadania. É neste contexto que será realizado o Festival Nham – Comida que Trasnforma, de quinta-feira (15) a domingo (18), no Espaço Ciranda, no bairro Granja Marileusa, zona leste de Uberlândia.
Idealizado pelo organizador de eventos Bruno Aguiar, o festival vai reunir oito cozinheiros (seis mulheres e dois homens), que vão apresentar pratos típicos de seus países de origem (veja abaixo). São migrantes e refugiados que residem em Uberlândia, onde encontraram esperança de construírem uma nova história para suas vidas. Para participar do evento, todos passaram por uma preparação com chef.
Bruno Aguiar explica que a motivação para criar o festival foi o desejo de ajudar os participantes na busca por melhores condições de vida. Segundo ele, Uberlândia é a segunda cidade de Minas Gerais com o maior número de moradores de outras nacionalidades. São mais de 5 mil migrantes e refugiados oriundos de mais de 20 países, entre os quais Haiti, Síria, Venezuela e Afeganistão.
O criador do festival disse ainda que o projeto está pronto há mais de um ano. Após o período de preparação, chegou o momento de os cozinheiros mostrarem seus dons culinários ao público de Uberlândia. “Como mineiros, gostamos de mostrar a nossa comida. Eles também gostam, mas não têm oportunidade”, ressaltou.
Sobre a escolha do local para a realização do evento, Bruno Aguiar que sempre gostou muito do Granja Marileusa e que a proposta do festival vai ao encontro do que a gestão do bairro também propõe, no que diz respeito a inovar e promover integração e troca de vivências.
Junette Phanord é uma das cozinheiras que prometem apresentar com maestria o tempero do seu país. Ela é haitiana e veio para o Brasil em 2017, morou em Araguari e, há 2 anos, reside em Uberlândia com um casal de filhos. Ela conta que tem formação em confeitaria e que sempre gostou de cozinhar. “É uma coisa que faço com muito amor”, destacou.
Sem emprego fixo, ela tem feito faxinas e atendido a chamados para trabalhar como cozinheira. No festival, Junett vai preparar o prato haitiano Djon Djon, à base de arroz, cujos temperos e especiarias utilizados o deixa com a cor escura, por isso, é chamado também de haitian black rice.
O venezuelano Luis Eduardo Villarroel Cedeno também vai apresentar pratos durante o festival. Ele vive em Uberlândia há 5 anos e há um ano abriu um pequeno restaurante no bairro Santa Mônica. A maioria dos frequentadores ainda são seus conterrâneos, mas ele lembra que está aberto para atender a qualquer cliente que queira degustar pratos típicos da Venezuela e da Colômbia.
No evento, Luis Eduardo vai preparar três pratos, entre os quais está a arepa, um tipo de pão venezuelano que pode receber vários tipos de complementos. Ele garante que o prato conquista, primeiro, os olhos e, depois, o paladar. O cozinheiro está bastante otimista em relação ao festival. “É uma boa oportunidade para mostrar alguns pratos do nosso país”.
Os pratos típicos estarão à venda pelo valor fixo de R$ 30. Além das experiências gastronômicas, haverá apresentação de duas atrações musicais todos os dias. O Espaço Ciranda oferece playground para o entretenimento das crianças, e é receptivo aos pets.
SERVIÇO
O QUE: Festival Nham – Comida que Transforma
QUANDO: De 15 a 18 de agosto
HORÁRIO: 16h às 22h
ONDE: Espaço Ciranda – Av. Floriano Peixoto, 5505 – Granja Marileusa
Valor dos pratos: R$ 30,00
Entrada gratuita
SHOWS
Quinta (15): João, Frida e as Meninas / Mari Cunha
Sexta (16): Mari Cunha / Jack Will Trill
Sábado (17): Mari Cunha / Funk-se
Domingo (18): Mari Cunha / Venosa
GASTRONOMIA
País de origem | Prato |
Afeganistão | Mantu |
Bangladesh | Chicken beryani |
El Salvador | Pupusa |
Egito | Koshary |
Haiti | Djon Djon |
Síria | Fatteh |
Venezuela | Arepa |
Vietnã | Bánh Cuốn |