O Secretariado da Casa Imperial do Brasil cumpre o doloroso dever de comunicar o falecimento de Sua Alteza Imperial e Real, o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, confortado pelos Sacramentos da Santa Igreja Católica e Bênção Apostólica, hoje, dia 15 de julho de 2022, na cidade de São Paulo, aos 84 anos de idade.
O velório terá lugar nos dias 16 e 17, na Rua Maranhão, 341 – Higienópolis, São Paulo, SP, aberto ao público na parte da tarde, e no dia 18, das 10 às 13 horas. A Missa de corpo presente será celebrada em sua Paróquia, a Igreja de Santa Teresinha (Rua Maranhão, 617, Higienópolis, São Paulo, SP) no dia 18, às 13 horas, após, o cortejo fúnebre sairá para o Cemitério da Consolação.
Biografia
Dom Luiz Gastão Maria José Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança foi primogênito do Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil a partir do falecimento da Princesa Isabel em 1921, e da Princesa Dona Maria Elizabeth da Baviera. Nasceu a 6 de junho de 1938, no exílio, em Mandelieu-la-Napoule, França, e foi registrado no Consulado-Geral do Brasil em Paris.
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, em maio de 1945, a Família Imperial do Brasil pôde retornar a seu país, encerrando assim o injusto e penoso exílio imposto pelo golpe republicano de 15 de novembro de 1889. Com o falecimento de seu pai em 1981, o sucedeu na Chefia da Casa Imperial.
Ao longo das quatro décadas seguintes, participou ativamente de encontros monárquicos e eventos cívicos e culturais, buscando sempre o contato vivo com a realidade da Nação brasileira. No exterior, além do cumprimento das suas obrigações dinásticas e familiares em ocasiões da vida social da realeza europeia, proferiu palestras nos Estados Unidos e na Europa. Dotado de sólida formação cultural, aplicou-se sempre, com sua proverbial afabilidade e firmeza, à defesa dos princípios da civilização cristã.
Em 1987 empenhou-se no convencimento dos deputados constituintes para a abolição da “cláusula pétrea” — dispositivo constitucional injusto e discriminatório fixado na Constituição de 1891 que proibia qualquer proposta de modificação da forma republicana de governo, dispositivo esse repetido na Constituição de 1967, então em vigor, e que deixava os monarquistas como cidadãos “fora da lei”. Para tal endereçou sua célebre “Carta aos Srs. membros da Assembleia Nacional Constituinte”, concorrendo eficazmente para a convocação do Plebiscito sobre a Forma e Sistema de Governo realizado em 21 de abril de 1993.
Católico Apostólico Romano, professou como leigo na Venerável Ordem Terceira do Carmo, tendo recebido sólida formação religiosa e moral de seus pais, complementada, durante a juventude, pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, amigo de infância de seu pai e fundador em 1963 da Sociedade Brasileira da Tradição, Família e Propriedade – TFP. Ingressou em 2006 no Instituto Plinio Corrêa de Oliveira – IPCO, fazendo parte de sua diretoria.
Na qualidade de herdeiro dinástico dos Imperadores do Brasil, o Príncipe Dom Luiz foi, por direito, Grão-Mestre das Imperiais Ordens de Nosso Senhor Jesus Cristo, de São Bento de Avis, de Santiago da Espada, do Cruzeiro, de Pedro I e da Rosa.
Foi também Bailio Grã-Cruz de Honra e Devoção da Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta (Ordem de Malta); Grã-Cruz da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, da Santa Sé; Grã-Cruz da Real Ordem Militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, da Casa Real de Portugal; e Grã-Cruz da Sagrada e Militar Ordem Constantiniana de São Jorge, da Casa Real das Duas Sicílias.
Seu irmão, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, que a todos encarece orações em sufrágio da alma do Príncipe Dom Luiz, o sucede como Chefe da Casa Imperial do Brasil.
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