Projeto de ressocialização de presídio de Minas Gerais é implantado no Paraguai

Governo paraguaio já inaugurou o modelo de Itajubá em duas unidades em penitenciárias em parceria com uma empresa brasileira, gigante do ramo têxtil

Uma fábrica instalada em um presídio do Brasil, tem sido referência para o Governo do Paraguai, que intitulou o projeto como “Um sonho, um novo começo” e já implantou em duas unidades prisionais do país. O modelo é uma fábrica de confecção infantil instalada na penitenciária de Itajubá, Minas Gerais, no qual os detentos confeccionam as peças e são remunerados por esse trabalho interno.

O projeto no Paraguai foi feito em parceria com a empresa brasileira do ramo têxtil Dreamy Internacional SA e vem sendo coordenado pela Triunfae, especializada em turnaround, reestruturação e inovação.

“A Dreamy Internacional é a primeira empresa estrangeira a desenvolver um projeto como esse no Paraguai”, comenta Alexandre Mendonça, que é sócio da Triunfae, e está à frente da implantação junto com sócios da empresa têxtil e o governo paraguaio.

O Ministério da Justiça do Paraguai foi responsável pela montagem das instalações do módulo. “Por outro lado, a empresa fornece todas as máquinas de costura e insumos para a concepção e fabricação de enxoval infantil e pagamentos dos salários”, explica Alexandre Mendonça, que reforça que 38 presos já estão sendo remunerados com o projeto.

O primeiro presídio a receber esse modelo de reinserção social no Paraguai foi na Ciudad Del Leste no mês outubro. Na semana passada, o governo inaugurou a segunda unidade em Minga Guazú, e já tem prevista a terceira em Villarrica, já em janeiro de 2025.

“Essa nova unidade atenderá mais 20 presos e tem capacidade para ampliar para 100 presos”, explica Alexandre Mendonça, que afirma que já tem mais duas empresas do Brasil querendo fazer um projeto como esse, também no Paraguai. “O governo do Paraguai gostou tanto desse modelo, que está prevista uma visita das autoridades do país na fábrica de Itajubá em fevereiro do ano que vem.”

Projeto no Brasil    

Mais de 30 presos fazem parte do projeto de uma empresa brasileira, que coloca em produção cerca de 350 bolsas de maternidade diariamente. As tratativas tiveram início em dezembro de 2021, quando a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), assinaram um termo de compromisso.

Alexandre Mendonça

Alexandre Mendonça é sócio da Triunfae, empresa especializada em turnaround, reestruturação e inovação, com formação acadêmica em Direito, pós-graduação em Direito Empresarial e mestrado em Direito Internacional. Possui mais de 30 anos de experiência em gestão de crises e liderança de equipes, com foco em operações, indústria e logística, com destaque para o agronegócio.

Deixe uma resposta