“Beleza Negra – Despertando Talentos” celebra 10 anos de empoderamento, visibilidade e transformação social em Uberlândia

O Beleza Negra – Despertando Talentos celebra, em 2025, uma década de protagonismo, representatividade e transformação social. Idealizado em 2007 pela servidora pública, jornalista, modelo, ativista, Maria Luiza do Nascimento, o concurso de beleza negra, voltado para mulheres com idade entre 14 e 90 anos, soma conquistas expressivas e, acima de tudo, histórias marcantes de mais de 500 mulheres negras que passaram por uma experiência única de valorização da identidade e da autoestima.

Para celebrar os 10 anos de realização, o projeto prepara uma edição especial em 2025. As candidatas que desejarem participar podem se inscrever gratuitamente de 10 de agosto a 10 de setembro, pelo site www.missbelezablack.com.br. A final será realizada dia 22 de novembro, no Center Convention.

O concurso é dividido em três modalidades: Passarela (14 a 25 anos), Fotográfico (26 a 49 anos) e Melhor Idade (50 a 90 anos). Muito além da competição, o Beleza Negra oferece uma verdadeira jornada de autoconhecimento e fortalecimento. As participantes recebem orientação de passarela, participam de oficinas com especialistas em moda, comportamento e autoestima, fazem ensaios fotográficos profissionais e contam com suporte completo de maquiagem, figurino e preparação para o grande dia.

Com impacto direto na vida de quem participa, o Beleza Negra também impulsiona trajetórias dentro e fora da moda. Muitas candidatas ganham visibilidade, e encontram no projeto uma porta de entrada para novos caminhos, seja vida profissional ou estudantil.

Foi o caso de Natália Cardoso, de 27 anos, vencedora da modalidade Fotográfico em 2024, que relata como o projeto ampliou suas possibilidades. “O Beleza Negra é um projeto incrível. Participar foi transformador, abriu várias portas e me proporcionou uma visibilidade que eu nunca imaginei ter. É uma iniciativa que valoriza nossa imagem, nossa história e nos coloca em destaque de forma respeitosa e inspiradora. Sinto muito orgulho de fazer parte dessa história”, afirma Natália.

Para Evely Fagundes, titular na categoria Passarela, o projeto Miss Beleza Negra foi uma experiência transformadora. “Além de me ajudar a reconhecer e valorizar ainda mais a minha identidade e beleza, ele me deu confiança para enfrentar desafios e acreditar no meu potencial. Ganhar o 1° lugar no ano passado foi muito mais do que uma conquista pessoal, foi um marco que me impulsionou a crescer em várias áreas da minha vida, como autoestima, comunicação e empoderamento.

Já Juliana Delfino, de 53 anos, que venceu a categoria Melhor Idade também em 2024, revela como a participação fortaleceu sua autoestima e abriu novas oportunidades. “O projeto Beleza Negra é muito mais do que um concurso. Ele valoriza a mulher negra em todas as suas fases, combate o etarismo e celebra nossa cultura e identidade. Depois da minha participação, passei a me sentir mais confiante, minha autoestima cresceu e até recebi convites para fotografar para lojas de moda aqui da cidade. Também fui chamada para eventos culturais e quero continuar colaborando com iniciativas que inspirem outras mulheres como eu”, conta Juliana.

Ao completar uma década de atividades, o Beleza Negra – Despertando Talentos celebra também seus resultados sociais e culturais. Foram gerados mais de 300 empregos diretos e indiretos, envolvidos mais de 200 patrocinadores e arrecadadas cerca de 500 toneladas de alimentos, destinados a famílias em situação de vulnerabilidade social.

“Mais do que um concurso, o Beleza Negra é um movimento de afirmação e transformação. Resgatamos histórias, valorizamos trajetórias e damos visibilidade a mulheres que por muito tempo foram invisibilizadas pela sociedade. E mais, vemos como essas mulheres crescem como pessoa e como profissionais”, afirma a idealizadora Maria Luiza do Nascimento.

Maria Luiza construiu sua trajetória no universo da moda atuando tanto nas passarelas, como modelo, quanto nos bastidores, promovendo eventos em diversos espaços públicos de Uberlândia. Com uma carreira iniciada nos anos 1980, Maria Luiza acumulou vivências que despertaram nela o desejo de ir além da estética: transformar sua história em uma plataforma de impacto coletivo. Em 1995, foi coroada Miss Uberlândia, tornando-se um símbolo de representatividade e inspiração para muitas mulheres negras da cidade.

Ao longo de sua jornada, ao perceber a falta de oportunidades na passarela para mulheres negras, Maria Luiza resolveu criar o projeto Beleza Negra – Despertando Talentos, com o objetivo de promover visibilidade, autoestima e oportunidades para mulheres negras. O projeto é incentivado por patrocinadores, apoiadores e o município.