Hospital UMC de Uberlândia comemora um ano da primeira cirurgia robótica cardíaca

Em 2024, a instituição realizou 35 procedimentos de alta complexidade, contribuindo para a disseminação da técnica no Brasil e no exterior

Há um ano, o Hospital UMC, em Uberlândia, efetuou sua primeira cirurgia robótica cardíaca, estabelecendo um marco histórico para a medicina no estado. Desde então, a instituição, integrante da Oncoclínicas&Co, já realizou 35 operações com o auxílio da tecnologia avançada. Neste ano, em todo o Brasil, foram feitos 60 procedimentos, sendo Uberlândia (interior de Minas Gerais) responsável por 58% das operações. As intervenções englobam desde cirurgias cardíacas de alta complexidade, como revascularização do miocárdio, reparo de válvulas e correções congênitas, até outras técnicas minimamente invasivas. Entre os destaques realizados em 2023, estão os tratamentos para doenças arteriais coronarianas, uma das principais causas de morte no mundo.

Devido à precisão proporcionada pela tecnologia robótica, é possível abordar condições graves, como artérias bloqueadas, com maior segurança e eficiência. “Com o robô, os cortes são menores, o sangramento é reduzido, e a recuperação dos pacientes é significativamente mais rápida, permitindo o retorno às atividades habituais em até duas semanas”, explica Paulo Cesar Santos, cirurgião robótico cardiovascular do Hospital UMC.

Além das condições cardíacas, o hospital também utiliza a técnica em cirurgias gerais, oncológicas, torácicas, ginecológicas, bariátricas e urológicas, ampliando os benefícios da abordagem minimamente invasiva a diversas especialidades.

Impacto da cirurgia robótica em Uberlândia

Desde a adoção da tecnologia, a unidade registrou um aumento de 18% nas indicações de cirurgias, reforçando sua posição como referência nacional e internacional. Com a realização de procedimentos cardíacos robóticos, o UMC é atualmente o único hospital de Minas Gerais, e um dos poucos na América Latina, a oferecer essa modalidade.

O UMC vem contribuindo para a disseminação do conhecimento técnico, recebendo mais de 40 cirurgiões de todo o país interessados em implementar a tecnologia em suas instituições. Paulo César explica que o impacto da inovação ultrapassou as fronteiras do Brasil.  “ Durante o ano nós participamos de vários eventos internacionais e nacionais que deixaram a instituição em destaque, principalmente no Congresso Brasileiro de Cirurgia Cardíaca, consolidando a nossa relevância no avanço da cirurgia robótica” finaliza

 

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