Uberlândia recebe a 30ª edição do Festival de Dança do Triângulo

Tradicional evento deve reunir cerca de 1.000 artistas de seis Estados, entre os dias 21 e 28 de julho

Nos próximos dias, Uberlândia estará envolvida pelos mais belos movimentos artísticos do Festival de Dança do Triângulo. O ritmo da cidade acompanhará os movimentos de cerca de 1.000 dançarinos e coreógrafos inscritos para participar desta edição. O evento principal ocorrerá entre os dias 21 e 28 de julho, no Teatro Municipal, mas oficinas e palcos livres serão realizados em outros pontos da cidade a partir do dia 09.

Organizado pela Associação dos Profissionais de Dança de Uberlândia (APDU) pelo segundo ano consecutivo, o Festival apresenta novidades em sua 30ª edição. Entre elas, estão os Seminários Pedagógicos desenvolvidos em parceria com o Sesc, que oferecerão oficinas de Dança e de Dança em diálogo com outras linguagens como o Teatro, a Música, as Artes Visuais, o Cinema e o Circo, além de palestras em mesas com profissionais renomados, gratuitamente. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas aqui.

Esta edição promete ser a maior e mais completa até agora, com uma variedade de cores, sons, ritmos e movimentos que darão vida às coreografias 105 grupos inscritos nas Mostras Competitivas e Não-Competitivas. O palco receberá danças tradicionais, desde o ballet clássico até as expressões artísticas mais inovadoras, além de jazz, danças urbanas, sapateado, danças populares e o K-pop. Pela primeira vez o FDT receberá também a Catira e um grupo de Quadrilha, manifestações muito presentes em nossa região, assim o evento se mostra atento às características da região e as demandas culturais da cidade.

A programação completa pode ser conferida na página do instagram: @festivaldedancadotriangulo

Compromisso com a Arte e Educação

O Festival de dança do Triângulo traz muitas novidades este ano, dentre elas a inédita parceria com o SESC Uberlândia, parceria que possibilitou ampliar as atividades pedagógicas do festival. Este ano serão oferecidas 12 oficinas, 04 palestras e 02 mesas, uma ampliação considerável comparada com os últimos anos. Alguns dos cursos terão valor simbólico de R$20,00 e outros sem custo para os participantes Dessa forma a gestão da APDU, a atual produtora do FDT, reitera o compromisso do festival desde sua primeira edição, em 1986, com a responsabilidade social com a arte e cultura locais, bem como com a educação e a formação artística.

No Teatro Municipal de Uberlândia ocorrerá a tradicional Mostra Competitiva e Não-Competitiva, ocasião na qual escolas, ONGs e grupos independentes recebem avaliações de jurados com reconhecimento nacional e tem a oportunidade de melhorar o seu trabalho. Além disso, o ingresso para assistir às apresentações no Teatro Municipal será 1kg de alimento não perecível que será doado para o Sesc Mesa Brasil.

“Nosso compromisso com o Festival de Dança do Triângulo vai além de oferecer um  festival artístico reconhecido nacionalmente. Acreditamos no poder transformador da dança como ferramenta educativa, sempre buscando inspirar jovens talentos e proporcionar oportunidades de aprendizado e crescimento para todos os envolvidos”, afirma o presidente da APDU, Vanilton Lakka.

Premiação

Módulo Mostra Competitiva: Os prêmios serão distribuídos por categorias e modalidades, com troféus para 1º, 2º e 3º lugares e certificados para todos os participantes.

Módulo Mostra Não-Competitiva: Não haverá premiação; cada inscrito receberá um certificado de participação.

O Festival também prevê premiação em dinheiro, a partir das indicações do júri e dos especialistas, para participantes de qualquer módulo. Serão distribuídos R$5.000,00 reais em prêmios:

  • Bailarina Destaque – R$1.000,00
  • Bailarino Destaque – R$1.000,00
  • Coreografia Destaque – R$1.000,00
  • Grupo Destaque – R$1.000,00
  • Prêmio Estímulo Social – R$1.000,00

Patrimônio Cultural Imaterial de Uberlândia

Além do reconhecimento nacional, a APDU e todos os envolvidos na história do Festival de Dança do Triângulo comemoram mais uma conquista: no seu 30º aniversário, a vereadora Cláudia Guerra apresentou projeto de tombamento do Festival como Patrimônio Cultural Imaterial de Uberlândia, abrindo portas para o registo do evento que faz parte da história recente da cidade.

“Este título reflete a dedicação e paixão de todos que participaram do Festival ao longo dos anos, desde os dançarinos e coreógrafos, até a nossa comunidade. É uma conquista coletiva que reafirma a importância da dança como expressão cultural e fonte de identidade para nossa cidade” ressalta Lakka.

Cia convidadas e Palestra

Como Cias profissionais, este festival receberá na abertura dia 21 de julho a diretora, coreógrafa, bailarina, professora de dança, atriz e escritora, Rosa Antuña, com o espetáculo o Vestido. Antuña é artista mineira de BH que possui uma carreira internacional em passagens por cias como Chemnitz (1997) e Erfurt Theater (1998) na Alemanha. No Brasil, foi integrante do Grupo de Dança Primeiro Ato (1998 a 2000) e do Balé da Cidade de São Paulo (2005 e 2006). E desde 2003 atua na Cia Mário Nascimento como bailarina, professora e atualmente divide também a direção do grupo com o coreógrafo Mário Nascimento, além de dirigir o seu próprio Núcleo de Criação.

Já no dia 26 de julho, o palco do Teatro Municipal recebe a Cia de Dança do Palácio das Artes com o espetáculo (in)tensões, concebido coletivamente pelos bailarinos e bailarinas do grupo a partir de experimentos e reflexões inspirados em trechos de espetáculos da própria Cia. Estarão em cena 17 artistas, de diferentes faixas etárias e experiência, em um espetáculo que promete envolver o público do festival.

Mostra de ONGs

Este ano o FDT promove pela primeira vez a Mostra de Projetos Sociais, com trabalhos de três projetos representativos na cidade. São eles, o Projeto Sementes do Amanhã do Instituto Nelson Merola vindo do bairro Lagoinha, o Centro de formação do Canaã – CCAU  e a Associação Crê Ser do bairro Morada Nova. Serão apresentações de Ballet, Danças Urbanas, Jazz, Breakin e Maculelê. Será a chance de conferir um pouco do que tem sido feito por essas instituições em Uberlândia e o quanto a dança tem interferindo na formação e na inserção destas crianças e jovens.

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