A doença que tomou conta das redes sociais, após o relato da cantora Anitta, tem sintomas severos e prejudica a qualidade de vida de diversas mulheres em idade reprodutiva.
O diagnóstico da endometriose, assunto que tomou conta das redes sociais com o caso da cantora Anitta, acomete de 5 a 10% das mulheres durante o período reprodutivo e ainda representa um desafio aos ginecologistas. Cerca de 25% das mulheres diagnosticadas são assintomáticas e os testes de rotina clínico-laboratoriais existentes são ineficazes para o diagnóstico. Assim, é fundamental que as mulheres em idade reprodutiva estejam atentas aos sintomas que incluem cólicas menstruais severas, dores durante as relações sexuais, alterações intestinais e dores pélvicas.
“A doença se caracteriza pela migração do endométrio, tecido de revestimento do útero para outras regiões do organismo da mulher, como ovários, tubas uterinas, intestinos, bexiga e até mesmo pulmões”, ressalta o médico ginecologista da Rede Mater Dei de Saúde Cassiano Moreira, especialista em endometriose profunda. De acordo com o médico, a endometriose é responsável por até 40% dos casos de infertilidade feminina, portanto é fundamental que o diagnóstico seja feito de maneira rápida para reduzir os danos da doença.
Tratamento
O tratamento da endometriose pode incluir uso de medicamentos, cirurgia ou envolver a combinação de ambos. A escolha da modalidade depende da presença e do tipo de sintomas, bem como do desejo da mulher de engravidar ou não. Independente da modalidade terapêutica escolhida, os objetivos principais são o alívio da dor, a obtenção de gravidez e a prevenção do retorno da doença.
Além de Anitta, cantoras e atrizes como Patrícia Poeta, Larissa Manoela, Giovanna Ewbank, dentre outras personalidades também se manifestaram sobre o tema. “Essas mulheres influenciadoras são de enorme importância para a difusão e conhecimento da endometriose a toda população. Levam inúmeras outras mulheres a suspeitarem da doença, procurando ajuda especializada e, consequentemente, reduzindo o tempo até o diagnóstico e melhorando a qualidade de vida dessas pacientes”, comenta o médico, Cassiano Moreira. Ele ainda afirma que as melhores estratégias de prevenção à endometriose são uma vida saudável, longe do estresse, com foco em alimentação anti-inflamatória, noites de sono bem dormidas e atividade física.
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