Burnout: entenda o que é a síndrome do esgotamento profissional e como se prevenir

Com a chegada do final do ano, muitos profissionais se alegram com recessos e comemorações festivas. No entanto, aqueles que se sobrecarregaram ao longo dos últimos meses estão sujeitos a sentimentos menos alegres: afinal, o corpo também sofre as consequências das exigências mentais.  

A Síndrome do Burnout é caracterizada pelo esgotamento profissional. Se trata de um distúrbio psíquico ” caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes”, explica Maria Teresa de Almeida, professora do curso de Medicina da Faculdade Santa Marcelina. 

O burnout pode ter diversas causas. As mais comuns são o ambiente de trabalho competitivo, sobrecargas, alterações frequentes nos horários de trabalho, trabalhos que apresentam riscos de acidente e pressões entre colegas e chefias. De acordo com Maria Teresa, esses fatores são frequentemente aliados a problemas pessoais, que agravam a pressão emocional assimilada pelo profissional.  

Pessoas que trabalham diretamente com o público costumam ser mais afetadas pelo burnout. Maria Teresa ressalta: “Profissionais das áreas de educação, saúde, operadores de voo, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada de trabalho correm risco maior de desenvolver o transtorno”. 

Sintomas

O sintoma mais frequente da Síndrome de Burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional, ocasionando o absenteísmo, irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade, depressão, baixa autoestima, agressividade,  baixa produtividade, isolamento social, sentimentos de inutilidade, além de distúrbios psicossomáticos, tais como: dores de cabeça, distúrbios gastrointestinais, distúrbios do sono, dentre outros. 

De acordo com a professora, algumas formas de prevenção são: a organização das prioridades e do tempo de trabalho e de lazer, a pratica frequente de esportes, cuidado com a saúde física e mental e sono e alimentação de qualidade. O tratamento, por sua vez, pode incluir o uso de medicamentos e técnicas de meditação. A psicoterapia é essencial e o apoio familiar pode auxiliar muito no processo. Às vezes, há necessidade de afastamento do trabalho ou mudança de função.  

Maria Teresa ressalta que burnout e estresse são diferentes: “O burnout é uma síndrome resultante de um estresse crônico relacionado ao ambiente de trabalho e, também mais recentemente, vem sendo estudado no universo acadêmico. Já o estresse é uma reação fisiológica a circunstâncias que exigem adaptações comportamentais. É um processo temporário de adaptação que compreende modificações físicas e mentais.” 

FOTO: Divulgação

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