Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla

Tratamento à base de cannabis é mais uma opção para melhorar a qualidade de vida do paciente

O Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla foi instituído pelo Ministério da Saúde em 2006, com o objetivo de aumentar a visibilidade da doença, informar a população e alertar para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. A doença é predominante em mulheres, entre 18 e 55 anos, e sua taxa de prevalência no Brasil é próxima a 15 casos a cada 100 mil habitantes.

A esclerose múltipla é uma doença neurológica autoimune, crônica e inflamatória, na qual as células de defesa do organismo atacam a bainha de mielina – uma espécie de capa de tecido adiposo responsável por proteger as células nervosas, que são parte do sistema nervoso central. No paciente com a doença, há lesões medulares e cerebrais, que causam diversos sintomas, como fadiga intensa, alteração do equilíbrio, espasmos, entre outros.

Por ser uma doença de caráter crônico-degenerativo, não há cura. O que existem são tratamentos atenuantes de sintomas específicos e dos chamados surtos – quando novos danos no cérebro ou medula espinhal rompem sinais nervosos, causando diferentes sintomas ou mesmo o retorno de sintomas antigos.

Tratamento

Uma das inovações em relação a tratamentos e opções para melhorar a qualidade de vida do doente são as terapias à base de cannabis. Já temos à disposição no Brasil uma solução oral que combina THC e CBD, dois componentes da cannabis, para controlar um dos principais sintomas, a espasticidade – que é descrita como uma sensação de peso e rigidez nos músculos, dificultando a movimentação do paciente.

A consequência disso é um impacto considerável na qualidade de vida, impedindo a realização de atividades simples do dia a dia. Para contê-la, neurologistas recomendam sessões de fisioterapia e alguns medicamentos sintéticos, mas nem sempre eles funcionam para todos os pacientes. O tratamento com canabinoides é mais uma nova opção, da qual médicos e pacientes podem lançar mão, com a vantagem de não ter os efeitos colaterais das medicações tradicionais.

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