CENA CURTA DO TEATRO de JOSÉ VICENTE: Hoje é dia de rock

Do quinteto de dramaturgos brasileiros surgidos no período da virada da década de 1960 até os anos 1970: José Vicente, Leilah Assumpção, Consuelo de Castro, Isabel Câmara e Antônio Bivar, para esse último, “José Vicente foi considerado o mais destemido. O de texto mais profundo. Foi a idade de ouro da Nova Dramaturgia brasileira”.

Nascido em Alpinópolis/MG, o dramaturgo José Vicente [1945-2007] foi considerado, também, um dos maiores representantes da rebeldia e poesia da contracultura [teatral]. A peça “Hoje é dia de rock” que estreou em outubro de 1971, no Teatro Ipanema, Rio de Janeiro, quis passar esse recado. Em vez de “the dream is over” [Lennon, 1970], “the dream is just beginning” [José Vicente, 1971].

“Hoje é dia de rock” é uma autobiografia romanceada, na qual José Vicente explora as memórias de sua adolescência e sua família no interior de Minas Gerais e, na peça, alguns personagens querem cair na estrada para descobrirem a eles mesmo.

A obra, grande sucesso de público, nasceu de uma carta que o autor recebeu do irmão comunicando a morte do pai, um dos personagens principais da peça: maestro de banda, fogueteiro e boêmio. Nesse período, José Vicente tinha se autoexilado na Europa e foi em Londres que ela foi escrita.

Logo, no Programa da peça-romance tem-se: “E os quatro apóstolos, Saint Paul [McCartney], Saint George [Harrison], Saint John [Lennon], Saint Ringo [Starr] iniciaram a viagem mágica e misteriosa. Não era mais possível estar sozinho. Fomos uma nação em Woodstock, em Wight, em Glastonbury. Estamos pelas praças, ruas, em bandos.

Somos […] a primeira revolução sem ódio, a política do êxtase, a bandeira hasteada”.

Como a proposta do projeto O SOM e O ECO é criar um filme longa-metragem sobre a história do Concerto FEIRA LIVRE DO SOM, realizado em Uberlândia, em 1972. Assim como, seus possíveis legados contraculturais para a região triangulina, a partir do levamento de material jornalístico, arquivos de imagens e sons e entrevistas.

Foi também por isso, que trouxemos a CENA CURTA do teatro de José Vicente, como parte da abertura da exposição Canções entre O SOM e O SILÊNCIO na Galeria de Concreto, no Centro Municipal de Cultura de Uberlândia.

 

SERVIÇO:

O QUE: “Canções entre O SOM e O SILÊNCIO”, exposição de capas de discos e documentos censórios [1968-1974] + Cena Curta de Teatro: HOJE É DIA DE ROCK, de José Vicente [1971]

QUANDO: Terça-feira, dia 21 de outubro

LOCAL: Galeria de Concreto, Centro Municipal de Cultura de Uberlândia

HORÁRIO: 19H

PERÍODO DE VISITAÇÃO: de 22 a 31 de outubro de 2025 / Horário: 12H – 17:30H

ENTRADA: Gratuita

CLASSIFICAÇÃO: Livre

MAIS INFORMAÇÕES: Lu de Laurentiz [34.99111.5225] e @o_som_e_o_eco

INCENTIVO: Programa Municipal de Incentivo à Cultura de Uberlândia – PMIC de Uberlândia

REALIZAÇÃO: LIS-UFSJ – UEMG: projeto A DITADURA EM MINAS GERAIS – NEPEHM –

UFU: O SOM e O ECO

APOIO: FAPEMIG – NUTHAU – PPGAU-UFU

PRODUÇÃO LOCAL: FAUeD-UFU / O Sopro Do Tempo produtora / Comidinha Árabe by Adriana Nardin / Rosa Verde-Festas e Eventos

FOTO: Dramaturgo José Vicente

 

 

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