Festival de MPB: Especial Viva a Tropicália

No dia 10 de junho, às 20h30, acontece o Festival de MPB – Especial Viva a Tropicália, transmitido pelo YouTube. A Tropicália foi um movimento cultural brasileiro, concentrado entre os anos de 1968 e 1969, sob a influência das correntes artísticas da vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira, misturando manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais.

O Especial conta com shows de artistas da cidade que foram convidados a interpretar as canções que marcaram o movimento Tropicalista no Brasil, além de curiosidades sobre os grandes compositores e pensadores da época numa momento marcado por  mudanças profundas, na política, economia e também nas artes.

A programa será apresentado por Lu de Laurentiz, amante do tema, agitador cultural e professor de arquitetura e urbanismo e design da UFU.  Ao todo o especial contempla shows com 21 músicas de artistas renomados como Gal Gosta, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os Mutantes, Rita Lee, Odair José, Erasmo Carlos, dentre outros.

O repertório foi elaborado para agradar os amantes do movimento. Os músicos Adriana Francisco, Diego Caobi, Anísia Uchoa e Iury Resende junto com a banda formada por Cícerus Cajuzinho na bateria, Marcelo Carvalho na Guitarra

Marcelo Reis no Contrabaixo e Marcos Vinícius Silva nos Teclados dão um show de interpretação e prometem interagir em algumas músicas, num clima de alto astral e com diferentes vozes. O evento contará, ainda, com a participação do cantor Edson Denizard, interpretando a famosa música de Gilberto Gil “Domingo no Parque”.

O cenário da gravação também remete ao movimento. Gravado num espaço verde e decorado com flores, frutos e pássaros, a cenografia promete transportar as pessoas para uma experiência leve e divertida.

A idealizadora do projeto, Antônia Nunnes, conta que tudo foi pensado e planejado para que o público tivesse uma experiência prazerosa e informativa ao mesmo tempo. O repertório mescla músicas alegres e irreverentes com algumas canções de composições mais profundas. “Canções como ‘Ando meio desligado’, dos Mutantes, ‘Alô Alô Marciano’, da Rita Lee, ‘Aquele Abraço’, de Gilberto Gil dentre outras muito marcantes”, completou ela.

Para muitas pessoas, poder assistir os shows dos artistas da cidade pelas plataformas digitais tem suprido a necessidade de entretenimento e cultura. “Eu sempre assisto as lives e programas musicais da cidade, porque supre a falta que eu sinto de ir aos shows, teatro, etc. Nesse momento, essas alternativas tem me ajudado a passar os finais de semana com menos tédio. Abro uma garrafa de vinho e transformo a minha sala numa ‘arena’, diz a publicitária Raquel Garcia.

Um excelente programa para os dias de pandemia

Um programa para reviver clássicos que até hoje a gente canta. Além de oferecer uma opção de entretenimento e manter as atividades culturais com acesso para as pessoas, os shows e programas gravados e transmitidos pelas plataformas digitais movimentam o setor de eventos e cultura da cidade, o que é muito importante nesse momento de restrições de aglomeração. “São vários profissionais envolvidos num projeto como este, desde cinegrafistas, empresas de som e luz, decoradores, equipe de limpeza, artistas, publicitários, produtores envolvidos desde o planejamento até a execução”, comenta Carolina Miranda, da Viva Marketing Eventos e Cultura.

Oficinas

Além do Especial, o projeto oferecerá duas oficinas abertas ao público:

Dia 13/06 às 16h: “Criação Criacanto – Tropicália”. Esta oficina será ministrada por Juliana Penna e abordará a escuta e apreciação da canção “Tropicália” como uma espécie de síntese do Movimento Tropicalista e suas interfaces estéticas com outras artes. O que será abordado: análise da letra conjugado ao arranjo musical e suas relações com outras artes e símbolos da nossa cultura brasileira.

Dia 15-06 às 19h: “Reinvenções dos artistas na Pandemia”. Um bate papo sobre como os músicos se reinventaram neste período e conseguiram dar a volta por cima. Será conduzido pela produtora cultural Antônia Nunnes, produtora cultural, com os artistas Edson Denizard e Mari Simões que reinventaram a forma de atuar nessa pandemia, falando dos desafios e das oportunidades e também dos novos caminhos que estão se abrindo para a cultura nessa nova era que estamos entrando.

Causa social

Os eventos online encontraram uma forma de ajudar as causas sociais. O Festival de MPB – Especial Viva a Tropicália, apoia a ONG Bella Aquarela, um projeto social que atua na área de saúde realizando um trabalho de assistência e acompanhamento dos pacientes e suas famílias por meio da doação de cestas básicas, produtos de higiene e interação com crianças internadas juntamente a suas famílias durante esse período tão difícil. Para quem se interessar em ajudar a causa basta entrar em contato pelo whatsapp: (34) 99996-8772.

O Festival é um projeto da produtora cultural Antônia Nunnes de Oliveira por meio de recursos da Lei Aldir Blanc da Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais e do Governo Federal com apoio cultural da Viva Marketing Eventos e Cultura e da TV e Rádio Universitária.

 Sobre Mari Simões

Cantora e produtora cultural em Uberlândia. Diretora da Seuseth Produções e idealizadora do Festival ln Casa e colaboradora da direção artística do Festival de MPB – Especial Viva a Tropicália.

Sobre Juliana Penna

Cantora e bailarina, sustenta a marca Cria Canto, criada em 2015, por meio da qual oferece aulas, shows e outros produtos artísticos por encomendas, todos como gestos culturais interligados.

Sobre Edson Denizard

Edson Denizard canta a música popular brasileira misturando o universal a uma realidade meio cabocla. Intérprete sensível, sua voz passou a ser um instrumento afinado para várias tendências e ritmos musicais, como: o funk, o forró, o samba, a canção e a própria fusão que a MBP já exibe. Fez dos festivais sua vitrine, participando tanto dos pequenos, dos distantes, dos desconhecidos e dos conceituados, tendo por diversas vezes recebido prêmios ou o reconhecimento do seu trabalho. Atualmente Denizard trabalha na produção de seu primeiro CD solo, intitulado “Diamante”, que será lançado em breve.

 Sobre Lu de Laurentiz

Arquiteto, professor de graduação e pós graduação na UFU, nos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design. Agitador cultural. Desde que se [re]conhece como gente, faz “militância” cultural. Como professor universitário extensionista, coordenou e ainda colabora, em múltiplas atividades voltadas para a cultura artística. Como oficial ou como outsider, ama o ofício de atuar com cultura. Atualmente, faz o curta radiofônico “Janela cultural”, no programa Trocando em Miúdos, da Rádio Universitária. Desenvolve pesquisa sobre “as contraculturas” enquanto “etapas das invisibilidades na arquitetura e na cidade” e “cultura urbana na situação contemporânea construída”. De 1989 a 1996, produziu e apresentou o programa “Olha Radiofônico”, na rádio Universitária; bem como, na TV local, o “Ladeira Metálica”, conversa sobre culturas.

FOTO: Divulgação

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