Em 5 de maio é comemorado o Dia Mundial da Língua Portuguesa, um idioma que conta com mais de 265 milhões de falantes ao redor do mundo. Para celebrar a data, o professor Reginaldo Monteiro, do Itinerário formativo de Comunicação oral e escrita das Escolas Luminova, traz três dicas para não ‘escorregar’ no português:
Crase
A crase é a fusão da preposição a (exigida por um termo regente) com o artigo a ou as (que antecede o termo regido). Na escrita, a ocorrência de crase é representada pelo acento grave. Veja algumas dicas que poderão auxiliá-lo:
I – Substitua o que vem depois do artigo “a” por um termo masculino. Se você precisar do “ao”, a frase tem crase.
Exemplo: Vou à festa (Vou ao evento).
II – Lembre destas rimas: Vou a, volto da. Crase há! Vou a, volto de. Crase pra quê?
Exemplo 1: Vou à Itália (Volto da Itália).
Exemplo 2: Vou a Portugal (Volto de Portugal).
III – Na indicação de horário, há crase. Na contagem de horas, não!
Exemplo 1: Chego às 5h.
Exemplo 2: As três horas do filme passaram a voar.
IV – Use a crase à frente de expressões femininas.
Exemplo 1: Vire à direita.
Exemplo 2: Falou tudo às claras.
Por que, porque, por quê e porquê
O uso dos porquês é um calo no sapato de muita gente. Observe a seguir quando os utilizar:
“Por que”: em frases interrogativas (diretas ou indiretas).
Exemplo: Por que ela não veio?
Em substituição às expressões “pelo qual” ou “pela qual”.
Exemplo: As ruas por que passamos eram sujas. (As ruas pelas quais passamos eram sujas).
“Porque”: em frases afirmativas e respostas (gramaticalmente é uma conjunção).
Exemplo: Não fui à aula porque choveu.
“Por quê”: sempre é utilizado no final de frases.
Exemplo 1: Eles estão indignados por quê?
Exemplo 2: Ele não compareceu, não sei por quê.
“Porquê”: quando a sentença for substantivada e sinônima de “motivo” ou “razão”.
Exemplo: Não sei o porquê de tanta empolgação.
Concordância verbal:
A concordância verbal é a relação estabelecida de forma harmônica entre sujeito e verbo. Isso quer dizer que quando o sujeito está no singular, o verbo também deve estar; quando o sujeito estiver no plural, o verbo também estará. Portanto, é correto afirmar ou escrever “ela trabalha”. Ao contrário, se torna um erro afirmar “Ela trabalham” ou “Elas trabalha”.
Dica: para evitar erros de concordância, fique de olho no sujeito. Encontrar o sujeito na frase ajuda a escrever de modo correto, inclusive possibilita escrever na ordem direta: sujeito + verbo + objeto.
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